quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Anos luz


Surfando nas ondas da luz.
Minha refração é narcisista.
Meus efeitos são tênues.
Minha paralaxe te aproxima.

Na penumbra, vejo seu corpo.
A polarização queima meu diafragma.
Na caixa preta, guardo suas lembranças,
Mas a amplitude cega meus olhos.

Na freqüência, procuro meus tons.
Da aquarela, recolho meus prismas.
Há uma dualidade entre os amantes,
Estão há anos luz eqüidistantes...

Existe entre luzes e sombras
Uma radiação eletromagnética.
Chamada poesia.

Autor: Gilberto Fernandes Teixeira

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