quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Beleza



São dias...
São noites...
E poucas palavras.

Poupei-te elogios,
Não encontrei significados,
Não achei rimas.

Nem versos,
Apenas lhe curti com os olhos,
Para não estragar sua beleza.

Autor: Gilberto Fernandes Teixeira

domingo, 26 de agosto de 2012

Passos na lua.



Na lua não há ruas
Mas já existem passos...
“Um pequeno passo para o homem,
um enorme salto para a humanidade.”

Se na Terra ainda engatinhamos
Por lá, pulamos e voamos,
O primeiro homem que pisou na lua
Partiu em busca da sua ultima fronteira.

E ela não estava no espaço...

Autor: Gilberto Fernandes Teixeira

sábado, 25 de agosto de 2012

O velho e novo



Tudo é tão velho
Nada é tão novo
Se já foi novo um dia
Velho será.

É uma emenda
Um corte no tempo
Folha amadurecendo
Perceptivelmente.

Metamorfose visível
Corrosão na carne
Dores nos ossos
Peso do oficio.

Mas ficam as lembranças
Ali incrustadas
De que a juventude
Também foi um nada.

Autor: Gilberto Fernandes Teixeira

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Arco-íris



Os sonhos que perduram
São soldados alados
Flores em linhas retas
Contrastes de céus.

É a minha mente sóbria
Sob vastos horizontes
Deixando rastros de sol
E sombras de cores.

Meu arco-íris de amor
Se estender por entre vagas
Onde não existem pensamentos lúcidos
Só há apenas uma descrição do nada.

Autor: Gilberto Fernandes Teixeira

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Simplicidade.


A simplicidade...
É uma flor amarela
Sob um solo seco
Fazendo sua primavera.

Ela não deixa de exaurir sorrisos
Não deixa de provocar curiosidades
Nem consegue passar despercebida
Chama atenção pelo óbvio.

Simplicidade...
É uma transparência colorida
Que nos faz enxergar a vida
Onde muitos só conseguem ver a morte.

Autor: Gilberto Fernandes Teixeira

sábado, 18 de agosto de 2012

Hubble





Era uma vez um olho vesgo
E uma lente míope
Tentando enxergar o invisível
Onde parecia não haver nada.

Então trouxeram um microscópio
Ajustaram as suas lentes,
Prepararam as amostras,
Regularam seu canhão.

Olharam pela objetiva
E viram a ocular,
Mandaram inverter os lados
E viram as estrelas...

Autor: Gilberto Fernandes Teixeira

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Amanhecer



Lá se foi o sol...
Mais um dia vencido,
Existem rumores estranhos,
Lutos de amigos.

O coração quer parar,
A poesia se esgota nas sombras,
Não há alegria sobre a Terra,
Os passos ficam apressados.

Os olhos parecem cansados,
Os sorrisos não mostram os dentes,
Mas um pensamento ronda o cérebro
Será?

Será que irei ver o amanhecer?

Autor: Gilberto Fernandes Teixeira

domingo, 12 de agosto de 2012

A última pétala



Eis a última pétala,
Da poesia rosa,
Versos inacabados,
Ruínas dos sonhos.

Ela resistiu ao sol,
Resistiu aos ventos.
Ela resistiu ao frio,
Mas não resistirá a solidão.

Eis a última pétala,
Da rosa não colhida,
Da rosa não oferecida,
Da rosa abandonada.

Autor: Gilberto Fernandes Teixeira

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Filamentos


Poetas morrem loucos,
Incompreendidos,
Abandonados.

Poetas morrem cedo
Com o raiar do sol,
Com o bater da tarde.

Poetas são seres frágeis,
Como os beija-flores,
Como as borboletas.

Poetas são seres póstumos,
Fruta fora da época,
Primavera de uma só flor.

Mas os poetas trazem algo eterno
Incrustado em suas almas
São os "filamentos" da poesia.

Autor: Gilberto Fernandes Teixeira

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Às vezes...



Às vezes é preciso massagear flores
Colher sonhos,
Comprar frascos,
Fabricar essências.

Rotular perfumes
Enviar cartas
Desenhar corações
Escrever eu te amo.

Às vezes é necessário gritar alto
Voar baixo,
Tentar realizar utopias,
Escrever poesias.

Às vezes, somente às vezes,
É preciso ter muita coragem
De seguir em frente
E nunca mais, olhar pora trás.

Autor: Gilberto Fernandes Teixeira

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Ovos nos ninhos.



Olhai os ninhos dos pássaros
Emaranhados de gravetos ao vento
Se nada lhe faz sentido à vida
Procurai sentir os sofrimentos...

Porque há um desgaste ao sol
Na maresia das horas de tédio
Na penumbra das noites frias
No alvorecer de um novo dia.

São como ovos nos ninhos
Aquecidos e bem nutridos
Vão gerando em silencio
Um pouco do que foi perdido...

Autor: Gilberto Fernandes Teixeira

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Fogueira



Amor,
Sou fogueira na noite
Queimando
Lenha...

Labaredas ao vento
Pensamentos quentes,
Combustível
Comburentes.

Chamas
Que não se apagam,
Oxigênio mantendo fogo
Pura combustão...

Uma paixão
Espontânea,
De versos
Sem fumaça.

Autor: Gilberto Fernandes Teixeira

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quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Descoberta



Nada além de uma pequena flor solitária
Fazendo primavera...
Abandonada sob a luz do sol causticante
Em um solo duro e ressequido.

Pergunto-me por que ela insiste?
Embora não obtenha respostas
Fico imaginado...
Que ela floriu por necessidade.

“A necessidade de ser descoberta.”

Autor: Gilberto Fernandes Teixeira