Meus olhos ficam cegos vagarosamente
Eu me perco nas sombras e
nas penumbras
As cores entram e saem como
borboletas
Eu me desfaço em pigmentos
multicores
A tinta envelhece nas
paredes
O sol castiga os muros e
os lagartos
O brilho do dia tem pincel
atômico
E os sonhos embalam os
corações
Eu vejo o desenhar de uma
vida
Eu sinto os traços do
tempo
As linhas se escondem nos
horizontes
E eu apenas sonho com um quadro amarelo.
Autor: Gilberto Fernandes
Teixeira