domingo, 5 de março de 2017

Casa de barro


Vejo os meus dias passando
e uma metamorfose sendo construída
Existe uma casa de barro dentro do meu coração
É impossível resiste a luz do sol causticante.

Nada poderia salvar os nossos  sonhos
Sua ingratidão pendurou a chuteira das horas
Mutilou todas as esperanças na sala de espera
e deixou sair os cupins pelas frestas.

Porque ainda insisto em resistir ao tempo?
A muito já devia ter feito as minhas malas
Não é possível amar quem não lhe valoriza
Quem parte sem destino são insetos.

Nossa casa de barro tem muitas cortinas
Nenhum amor resiste ao ciúme
Estamos brigando por coisas pequenas
"Temos que pensar em liberdade ou alforria."


Autor: Gilberto Fernandes Teixeira

Um comentário:

  1. O amor tem que aproximar as pessoas.
    É um sentimento sublime e generoso.
    Dois corações apaixonados não precisam de alforria.
    O desejo há de falar mais alto e recompor a relação
    Muito belo este poema, um pouco triste!
    Um saudoso abraço

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